A casa onde vivemos tem um grande significado para cada um de nós. Proporciona sentido de localização, espaço, limites e deveres, além de todas as lembranças que aí vivenciamos. Aprender a cuidar deste espaço, a ter por ele carinho, a torná-lo um espaço único e pessoal, é o que indica que ali pode ser um lar. Por isso dedicamos tanto tempo a limpar a casa, tirar o pó dos móveis, lavar a roupa e arrumar a cama...São actividades que fazemos diariamente, que apesar de corriqueiras levam tempo, dedicação e parece que nunca mais acabam. Da mesma forma que temos este espaço físico, também temos um lar mental. Uma mente com capacidades de nos acolher e cuidar. No entanto, muitas vezes, por diferentes razões, não conseguimos fazer um bom uso deste espaço.
Se pensarmos bem, quanto tempo demora uma casa a manter-se limpa? Bem, isso depende de cada casa e do uso que lhe damos. Mas, numa casa mal cuidada surgem poeiras, bichos, brechas, problemas sérios e por vezes difíceis e caros de se resolver.
Será que com as nossas emoções não ocorre o mesmo? Também precisamos de cuidar do que está dentro de nós, limpar as emoções das poeiras e confusão. Aprender a valorizar e a perdoar, entender que por pior que pareça; que as circuntâncias, por mais graves que sejam podem ser alteradas. Mas, tal como a limpeza da casa, é um trabalho diário, contínuo e cansativo.
Não é bom ter a casa limpa, cheirosa e arrumada? Deu trabalho, mas valeu o esforço! Eu adoro...
Cuidar de nós, do que está dentro de nós dá trabalho, cansa, mas sabe muito bem.
Cada um de nós, não deve ter medo e deve desenvolver uma maneira particular, de realizar essa limpeza emocional. Não há fórmula mágica, mas como o fazemos é pessoal e intransmissivel.
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