terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Como Estrelas na Terra


Hoje consegui, finalmente assistir ao filme "Como Estrelas na Terra". Era um fime que me suscitava alguma curiosidade por retratar o caso de um menino com dislexia. Quem tem filhos com dislexia, sabe o quanto é difícil o seu diagnóstico e principalmente, aceitação e acompanhamento por parte da escola. Os professores, não estão muitas vezes despertos, ou carecem de formação para lidar com crianças disléxicas. Se a criança, tem boa retaguarda familiar, em que são aceites as suas dificuldades e se procura ajuda extra-escola, as coisas até vão correndo bem. A criança evolui, com todas as dificuldades associadas, mas integrando-se e conseguindo aprender como os outros. Sim, porque contrariamente ao que é comum dizer, as crianças disléxicas, são muito inteligentes e com capacidades extraordinárias, em áreas muitas vezes não exploradas. Agora, se a escola não ajuda e a família também não, então a criança sofre, porque de facto não consegue, não depende dela e por muito que tente não avança e desiste.
Adorei ver o filme, apesar de se passar na Índia, acho que todos devem ver, mesmo que achem que os seus filhos não tem problema algum... por vezes, os problemas estão lá... bem à nossa frente... o difícil é aceitar. Deixo-vos o resumo e também o filme, espero que apreciem...


O filme "Como Estrelas na Terra", retrata a história de um menino chamado Ishaan Awasthi de nove anos, que cursa o 3º ano do ensino fundamental 1, o mesmo apresenta um quadro de dislexia e que não é identificado pelos pais e nem pela escola, levando este a dificuldade no ambiente escolar e em sua vida social. No decorrer da vida escolar, é considerado preguiçoso e até mesmo taxado de indisciplinado por não acompanhar o ritmo dos demais colegas inclusive do seu irmão considerado o melhor aluno da turma, sendo a todo instante vitima do despreparo da família e do corpo docente.
Ainda que Ishaan mostre suas dificuldades, a escola dita normal onde ele estuda não demonstra nenhuma importância para com as suas necessidades, e somente convoca a família para informar que o garoto não apresenta avanços e que portanto provavelmente irá repetir a série. Cena esta, já vivenciada pelo menino. Dessa forma, Ishaan é levado pela "ignorância" e falta de sensibilidade dos pais a um Internato, local de severas punições e tradicionalismo cuja Filosofia é "Disciplinar Cavalos Selvagens". Mediante tal situação, triste, angustiado e deprimido, Ishann perde cada vez mas o interesse pelos estudos, isolando-se em seu mundo. Surge então, um professor substituto com metodologias próprias, inovadora, e acima de tudo, conhecedor do problema que a criança possui. O novo professor mostra que Ishann tem as suas particularidades, mas é capaz e que precisa de uma atenção especial para que possa desenvolver suas habilidades e superar as suas limitações.
Após, mobilizar a escola no tocante a esta questão, o professor consegue ensinar Ishann a ler e escrever. A partir de então, Ishann vai se superando compreendendo o mundo da leitura, da escrita e recuperando a sua auto-estima.
O Filme nos faz perceber e nos leva a reflectir, a importância do olhar atento, do olhar observador, investigador e da sensibilidade para com a pluralidade que compõem uma sala de aula, bem como as particularidades de cada aluno.
Somente identificar o problema não é o suficiente, faz- se necessário é indispensável tratamento diferenciado com pedagogos em consonância com todo corpo docente e familiares a fim de propiciar à criança um desenvolvimento mais significativo.




3 comentários:

  1. Olá Sissi
    Vim deixar o meu abraço e votos de um feliz 2016
    Tudo de bom para você
    Beijinhos

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  2. Obrigada por compartilhar, Sissi!
    Desejo a você um ótimo 2016!

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  3. Sim, acredito que ainda seja preciso lutar muito. Mas o que quis dizer no post é que o estigma já não é o mesmo e que é preciso as pessoas estarem informadas pois só assim poderemos todos mudar o "sistema". Uma utopia, infelizmente mas é o meu desejo.
    Beijinhos *

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Obrigado pela reflexão....

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