Bolo-Rei
Por detrás do bolo-rei está toda uma simbologia com 2000 anos de existência. De uma forma muito resumida, pode dizer-se que esta doce iguaria representa os presentes que os três Reis Magos deram ao Menino Jesus aquando do seu nascimento. Assim, a côdea simboliza o ouro; as frutas, cristalizadas e secas, representam a mirra; e o aroma do bolo assinala o incenso.
Ainda na base do imaginário, também a fava tem a sua "explicação". Reza a lenda que, quando os Reis Magos viram a estrela que anunciava o nascimento de Jesus, disputaram entre si qual dos três teria a honra de ser o primeiro a brindar o Menino. Com vista a acabar com aquela discussão, um padeiro confeccionou um bolo escondendo no seu interior uma fava. O Rei Mago a quem calhasse a fatia de bolo contendo a fava seria o primeiro a entregar o presente. O dilema ficou solucionado, embora não se saiba se foi Gaspar, Baltazar ou Belchior o feliz contemplado.
Historicamente falando, a versão é bem diferente. Os romanos usavam as favas para a prática inserida nos banquetes das Saturnais, durante os quais se procedia à eleição do Rei da Festa, também designado Rei da Fava. Este costume terá tido origem num jogo de crianças muito frequente durante aquelas celebrações e que consistia em escolher entre si um rei, tirando-o à sorte com as favas.
Este inocente jogo acabou por ser adaptado pelos adultos, que passaram a fazer uso das favas para votar nas assembleias. Dado aquele jogo infantil ser característico do mês de Dezembro, a Igreja Católica decidiu relacioná-lo com a Natividade e, depois, também com a Epifania (os dias entre 25 de Dezembro e 6 de Janeiro). Esta última data acabou por ser designada pela Igreja como Dia de Reis, altura em que algumas famílias, nomeadamente em Espanha, procuram manter a tradição, não só comendo o bolo-rei como aproveitando a ocasião para distribuir os presentes pelas crianças.
Para além desta, havia uma outra tradição, da qual poucos terão conhecimento, que afirmava que os cristãos deveriam comer 12 bolos-reis, entre o Natal e os Reis, festa que muito cedo começou a ser celebrada na corte dos reis de França. O bolo- -rei terá, aliás, surgido neste país, no tempo de Luís XIV, para as festas do Ano Novo e do Dia de Reis. Com a Revolução Francesa, em 1789, a iguaria foi proibida, mas, como bom negócio que era, os pasteleiros continuaram a confeccioná-lo sob o nome de gâteau des san-cullottes.
Por cá, depois da proclamação da República, a proibição do bolo- -rei esteve também prestes a acontecer. No entanto, passado esse período negro, a história deste bolo tem sido um sucesso e todas as confeitarias e pastelarias se enchem de clientes para adquirir o rei das iguarias nesta quadra festiva. (Retirado de DN)
Eu pessoalmente não gosto do tradicional bolo rei, não gosto das frutas cristalizadas. Mas hoje em dia, existem inúmeras variações do tradicional bolo e algumas bem deliciosas. Bolo Rainha, Bolo-rei escangalhado, bolo rei de chocolate, etc. é só procurar que se encontra para todos os gostos.
Sissi
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A lenda do bolo é muito interessante.
ResponderEliminarUma tradição que se perpetuou através do tempo
E ceia sem bolo fica incompleta
Uma leitura super interessante
Beijos
Vim trazer meu link atrasado, querida Sissi:
ResponderEliminarhttp://espiritual-perola.blogspot.com.br/2015/12/especial-de-natal-xix.html
Seu bolo de reis eu gosto muito... muito bem apresentado...
Bjm e parabéns pela iniciativa tão linda!