“Às vezes explodimos. Temos crises de choro, ou de raiva. Às vezes, dentro de nós, acontece uma implosão dentro de uma explosão. Choramos e as olheiras ficam tão profundas que nos fazem crer na nossa falta de beleza e de forças. Gritamos, batemos o pé, limpamos o rosto marcado e vermelho para nos escondermos dentro de uma carapuça, apenas porque somos supostamente fortes. Deixamos o choro para outra hora, outro dia, outro lugar… Deixamos a gritaria e as lágrimas apenas dentro de nós mesmo. Às vezes, por descuido, rolam algumas lágrimas e nossas barreiras — fortíssimas — se desfazem junto ao nosso pranto. Nos esquecemos que somos um pouco como cristais — não suportamos todas as vezes que somos jogados ao chão — mas temos a força para engolir as tantas lágrimas e deixá-las para depois. Nos esquecemos que não somos de aço, não somos robôs, que temos artérias, veias, ossos e coração. Às vezes, choramos em silêncio. Deixamos o caos nos consumir e não nos transparecer. Deixamos o barulho da queda da nossa muralha interna, apenas para nossos ouvidos. Privamos quem está ao nosso redor do intenso barulho que carregamos dentro de nós mesmos, porque somos o caos. Somos soldados em guerra. Cada soldado tem sua guerra para guerrear. Às vezes, guerreamos acompanhados, outras vezes, somos os únicos que fazem parte da guerra. Cada qual com suas fraquezas, com seus medos, com suas forças… Porque somos soldados e, assim como aqueles que participam de guerras mundias, nós participamos de nossas guerras internas.” (Autor desconhecido)
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