Hoje ao ler esta crónica no Expresso, pergunto-me se este senhor que a escreveu tem filhos??? Se os tem, só pode ser a perfeição das perfeições como pai e educador, um exemplo para todos nós. Se os não tem, como penso que será o caso, então justifica-se esta visão destorcida da educação, da falta dela e da hiperactividade.
Na sua crónica de hoje, Henrique Raposo critica, sem contemplações, a educação das crianças de hoje, referindo-se à hiperactividade como uma doença da moda e que os pais medicam os seus filhos só porque é "chique"... pois considero que toda a gente tem direito a uma opinião, mas falar sem ter experiência, o mais que não seja como pai, é falar de ao acaso...acredito que existe muita criança mal educada, fruto da falta de regras e da permissividade paternal, mas daí a afirmar-se que um pai, "rotula" um filho de hiperactivo e o medica só porque é moda, é falar sem saber e principalmente, não ter a mínima noção do que passam os pais de crianças com hiperactividade e outros défices semelhantes. Educar, e quem tem filhos sabe do que falo, não é fácil, é um desafio diário que põe à prova a nossa capacidade física e psicológica. Se para quem tem filhos "normais" é difícil estabelecer regras, limites e educa-los conforme o que é esperado. Para quem tem filhos com necessidades especiais, esse desafio ainda é maior e nem sempre se consegue sozinho ajudar os filhos, dai grande parte dessas crianças necessitarem de psicólogos e sim, de medicação.
As pessoas queixam-se das crianças mal educadas, mas se um pai dá uma "sapatada" ao filho à vista de toda a gente, é duramente criticado. Não tenho problema nenhum, em dizer que os meus filhos se precisarem, levam uma palmada, na hora certa e no lugar em que estão. Mas também posso dizer que já me os meus filhos já me fizeram cenas, que antes de ser mãe afirmava que nunca o iria permitir a um filho meu. Enfim, penso que uma critica destas, feita de uma maneira tão dura, por uma pessoa que ainda não tem filhos, me parece despropositada. Nenhum pai, no seu perfeito juízo, gosta de ver o seu filho com um diagnóstico de hiperactivo e muito menos se sente na moda por isso!!! Esperemos para ver que tipo de pai será este senhor, se algum dia o for e que tipo de crianças vai educar!!!E já agora, se vai escrever uma crónica sobre a sua experiência como pai e educador!!!!
Deixo uma questão que me intriga...será que o Tom Sawyer era hiperactivo, ou simplesmente uma criança traquina, que só queria brincar e desafiar os adultos?????
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Obrigado pela reflexão....